Baikal Narrador
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| Assunto: Prólogo de Athena Sex Mar 29, 2013 7:38 pm | |
| Prólogo para o Santuário de Athena
O Santuário ficou praticamente vazio após a Guerra Santa, também não havia mais inimigos para manter os guerreiros santos reunidos para enfrentá-los. Diante das catástrofes, sem nenhuma causa aparente, eles procuraram estar junto a suas terras de origem, ajudando no que era possível. Alguns fizeram discípulos, outros morreram sem passar adiante o que aprenderam por não encontrarem ninguém apto. No Santuário, poucos ficaram a treinar e ninguém ousou ocupar de imediato o Trono do Sumo Sacerdote de Athena. Sem cavaleiros de ouro sobreviventes da geração que lutou a última guerra santa, apenas com seus aprendizes vivos, não formaram consenso sobre quem deveria ocupar aquela posição, ninguém se julgava apto por desconhecer os fundamentos do cargo. A solução tomada por eles foi a de elegerem um encarregado por guardar o trono e aprender sobre a função, tornando este eleito capaz de indicar o próximo Sumo Sacerdote graças à sua dedicação ao papel. Este Guardião ficou a ser substituído geração após geração, uma vez que a figura apta não surgia. Os Santos que se formavam pelo Santuário e pelo mundo recebiam as ordens de treinar e vigiar, mas nenhuma decisão sobre intervir nas guerras entre os homens era tomada, pois dificilmente os cavaleiros poderiam oferecer alguma alternativa à fome e à miséria que se espalhavam pelo mundo. Aos poucos, cavaleiros mais virtuosos deixavam de frequentar o Santuário, que ganhou até a reputação de ser ocupado pelo "Camerlengo Fantasma", em referência a ausência de um Grande Mestre para realmente haver um Camerlengo, seu servo, a existir. O cargo de Camerlengo não derivava de outro mérito senão do conhecimento dos livros, dos fundamentos do Santuário e da sua tradição. Era o protetor de conhecimentos secretos e por isto sua eleição envolvia a indicação do atual Guardião e o voto dos cavaleiros presentes no Santuário. Tal sistema foi degenerando em articulação política. Em um mundo de forças divididas e fragilizadas, deter a autoridade sobre as pessoas mais poderosas poderia levar a uma espécie de supremacia. No entanto, nenhum dos Guardiões arriscou desviar seu poder para tais fins, não havia certeza do que ganhariam em caso de vitória, preferiram aguardar pela oportunidade e assim pereceram para o tempo. Outro problema, causado pelo súbito desaparecimento dos Lemurianos, era a incapacidade de restaurar armaduras danificadas. Zelo para com as Vestes Sagradas era algo exigido de todos os Santos, o que era confundido com covardia e levava a mais dissensões no Santuário. O último problema veio com os ataques de "cavaleiros negros", combinados à deserção de Santos em treinamento e recém-formados e às emboscadas contra os mais jovens. O Santuário se encontrava em uma frágil posição, o último Guardião era um homem velho e amargo, que punia os desertores com a morte, ordenando que fossem caçados pelo mundo. Quem o desobedecesse também seria considerado desertor e isto só aumentou a debandada. Subitamente, o homem deixou de aparecer com a frequência que lhe era habitual e passou a dar as ordens isolado em sua câmara, comandando que fossem cessadas as perseguições a desertores e o foco fosse que os cavaleiros remanescentes se reunissem no Santuário, a fim de encontrarem o Grande Mestre e encerrarem o período de Caos, pois o retorno de Athena devia estar próximo, precisava estar! Há suspeitas rondando a mudança de atitude do Guardião, mas seu isolamento impede que se verifique se ainda é o mesmo velho homem por trás de seu cargo. Apesar de não sair de seus aposentos, a pessoa do Guardião ainda é muito poderosa e não há quem levante dúvida contra isto em voz alta. Resta encontrarem os Santos espalhados pelo mundo e reuni-los para fazer emergir um Grande Mestre. | |
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